segunda-feira, 17 de abril de 2017

Post.it: Onde vão dar os caminhos?

Andei por tantos caminhos na vida. Não sei se os escolhi se fui escolhida por ele. Não acredito no destino escrito com tinta de sangue e de lágrimas, idealizo que é desenhado com gargalhadas que fazem eco e chamam para si outras ainda mais felizes.
Claro que a felicidade não é eterna, mas o que é a eternidade para nós simples mortais?
Um minuto, em que olhamos o mundo e o conseguimos sentir com ternura dentro do peito?
Uma hora, em que o olhar é um veleiro de velas estendidas até à linha do horizonte oceânico?
Um dia, em que sentimos a plenitude a invadir-nos os sentidos como se fossem primaveras a desabrochar em cada molécula com flores de esperança?
Um mês, de coisas pequenas que crescem em nós como brisas que trazem cada amanhã repleto de sonhos que vamos concretizando?
Um ano, em que o paraíso dos impossíveis nos é possibilitado nos seus momentos únicos, nossos, tão nossos que quase, mesmo que por vezes apenas quase nos acontecem e parecem em tudo, perfeitos.
Mas tudo isto é apenas falar do tempo porque, a felicidade é uma delimitação imensurável, acontece, simplesmente, sem como, sem quando e, sobretudo, sem quanto. Faz parte do caminho, nem sempre daquele onde estamos, talvez, quem sabe do seguinte.
E depois de tantos passos dados, há tantos ainda que quero dar, não pela busca, mas por cada encontro, com flores, com pedras, com poças de água, pontes, montanhas, vales. 
Uma conclusão nos surge cada vez mais clara e reconfortante, apenas desejamos que todos os caminhos vão dar a uma familiar abraço…

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