segunda-feira, 20 de abril de 2015

Um poema

Letra semeada na página branca,
Linha lavrada pela mão que a levanta.
Estrada regada de riso e de mágoa,
Emoção que segue na corrente da água.

Porque o poema dói ao não ser perfeito,
Como um filho que nasce dentro do peito.
Quem pode entender o que ele diz,
Se não souber o que o faz sentir-se feliz.

Uma felicidade que há tanto declama,
Tornada saudade que sempre o chama,
Pois não é mais que poesia carente.

Não é mais que sonho dormente,
Na cama onde é poema acordado,
À espera do afago do céu estrelado.