quarta-feira, 22 de abril de 2015

Post.it: O dia da Terra

Que o mar a abrace e lhe seja cais de repouso, que o céu a cubra com o seu manto  azul, que o sol lhe sorria em tom de festa, que as árvores a cumprimentem dançantes, que as andorinhas, os pardais, melros e gaivotas unidos façam um coro de melodiosas e aniversariantes canções, que eu, (humanidade), que nada tenho para lhe dar, já que é ela que tudo generosamente me oferece, lhe dê a minha admiração, o meu cuidado, que a olhe com o coração, que lhe toque simplesmente com o olhar e lhe diga obrigada por existir e me permitir existir nele. Que eu, sem nada mais fazer, faça tudo o que ela precisa, que não a destrua, que não a magoe, que não a esqueça. 
Que faça dos meus passos uma leve caricia no seu caminho. Que faça dos meus gestos a ternura de quem cuida, e se dá em perfeita simbiose de sonhos, de construção, de futuro. Porque eu que sou apenas uma gota no seu oceano, um grão de areia no seu areal, uma partícula de azul no seu céu mas amo-a, com um amor tamanho de uma galáxia, e um querer tão imenso como o universo. Neste dia que de homenagem à Terra, quero juntar-me aos que a festejam e desejar-lhe que seja para sempre bela, generosa e tenha um dia, um ano, a eternidade, repleta de felicidade.