terça-feira, 27 de agosto de 2013

Vidas sentidas

As pessoas passam
Cada uma com seu ser diferente
O feitio do corpo, o arrumo ou desalinho do cabelo, as mãos, o pisar do chão, mas sobretudo o olhar e a expressão da boca.
Já repararam?
Cada particularidade aponta para um forma de estar na vida e de ser, para si próprio e para os outros.
E, se a ouvimos falar…
Então é quase fácil perceber a alegria ou a amargura, a desilusão ou a realização, o temor ou a esperança no futuro, o cantar ou o chorar que traz na voz…
Gosto de observar as pessoas e imaginar a vida que elas, em poucos momentos me revelam.
Imagino que as chamo e se sentam e contam.
Vidas sentidas, tantas vezes doídas, choradas.
E outras tantas, doídas mas cantadas.
Gosto do cantar da vida sofrida.
Que sofreu, mas cresceu e viveu, saiu de si e não deixou que as lágrimas fossem vãs.
A vida é doída, para todos.
Mas também tem um cantar que está ali, que não podemos ignorar.
Um cantar que nos põe o sorriso na alma, nos dá brilho aos olhos, nos ilumina o rosto e dá postura ao corpo.
Um sorriso, um brilho, uma luz que, em poucos segundos, podemos oferecer a quem quer que por nós passe e por momentos nos olhe.