sexta-feira, 1 de março de 2019

Ninguém

Ele era a madrugada,
Fresca e orvalhada.
O caminho desencontrado,
Do destino mal traçado.
Era a folha caída,
Dessa árvore ferida,
Que finge a firmeza,
Para iludir a incerteza.
Tinha os passos perdidos,
Em sonhos esquecidos.
Era a sombra de alguém,
A quem chamaram Ninguém.
E Ninguém era quase nada,
Que dormia na estrada.
Que comia na mesa da rua.
Que tinha a alma quase nua.
A sua morada que nos indicava,
Dizia-a e nunca se enganava,
Moro na Rua do luar,
Na Casa do sonhar,
No único lugar que preciso,
Perto, bem pertinho do paraíso…


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