segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Esta (infelicidade)

 Sinto-me por vezes infeliz,
Pela tortura do que não fiz.
O amor não confessado,
O sonho sempre adiado.

Esse olhar que foi fugidio,
Esse inverno solitário e frio.
Foi por medo, por cobardia,
Que deixei partir esse dia.

Toda a minha vida vou sentir,
O que de nós podia existir.
A dúvida a me martirizar,
A incerteza a me magoar.

O passado que não tivemos,
O presente que não vivemos.
O futuro que de ti tão distante,
Este coração quase emigrante.

Se te contasse ririas, sei que sim,
Da saudade que navega em mim.
Os meus passos que sem direcção,
Perguntam pelos teus onde vão.



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