segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Post.it: Ano Novo na vida

Cá se fazem cá se pagam. “É karma” etc., sinceramente não acredito nestas frases feitas, mas para quem acredita, talvez lhe custe menos por aceitarem que estão a cumpria a sua “pena”.
Não acredito porque há tantas pessoas a fazerem o mal a tantos outros milhares e continuam impunes, não condenados pela humanidade nem julgados pela sua almofada. Dormem o sono dos “justos” convencidos que o são. Enquanto isso vão ceifando vidas em nome de causas próprias, mas que sei lá como ou porquê vão conquistando massas. Há quem diga que é fruto desta sociedade degradada, sem valores, de revoltas interiores e exteriores, de jovens que têm tudo mas que se sentem sem nada, outros que não têm nada e que acham que têm tudo pelo menos em direitos que reclamam seus por mera existência. Empunham uma arma, quer seja pistolas, veículos, explosivos, facas, etc., ou as próprias mãos e com elas exterminam seres inocentes que apenas viviam de forma pacata as suas vidas.
É neste impasse que estamos, depois do ano que passou, este que ainda mal começou e já carrega nos seus frágeis ombros a herança do descalabro que foi o seu antecessor. Nada se avizinha de bom de tal herança. Mas de vez em quando, os “filhos” conscientes de tudo isso negam-se a seguir as pegadas dos seus “pais” e é nesta esperança que acordamos todos os dias, que continuamos a trabalhar, a encarar os obstáculos e a superá-los um a um.
Prefiro abraçar a ideia de “Ano Novo vida nova”, não adianta lamentar o passado, mas torna-lo energia positiva para um amanhã quem sabe, menos cruel.
Houve um tempo em que as nossas ambições nos levavam a desejar habitar a Lua, visitar Marte, construir mundos virtuais, fazer amizade com extraterrestres, hoje com os pés mais assentes na terra, queremos apenas que a natureza não pereça, que a poluição não nos sufoque, que os vizinhos sejam nossos amigos e sobretudo que seja respeitada a dignidade humana na vida e na morte.
Que o ano de 2017 nos traga a concretização dos nossos desejos de Paz entre os Homens conscientes de que o “bem” não pode ser nunca conquistado com o mal.

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