quinta-feira, 9 de junho de 2016

Festa de Santo António

Santo António virá molhado,
Neste ano tão chuvoso?
Chegará talvez afogado,
Em pedidos de amor formoso.

Não sei se os manjericos,
Resistiram a tanta água.
Ou se ficaram mais ricos,
Perfumadas rimas sem mágoa.

Mesmo se o sol não brilhar,
E o cravo de papel se molhar.
Santo António há de chegar,
E fazer de cada coração seu lar.

Afinal Lisboa é sempre bela,
Isso o revela em cada esquina.
Quando ao Tejo abre a janela,
Com o seu sorriso de menina.

A sardinha já está na brasa,
E os balões dançando no ar.
Lisboa entra em cada casa,
Com uma marcha a cantar.

Lá vai a nossa Lisboa,
Com o seu ar namoradeiro.
Esquecida do que a magoa, 
Procura um amor verdadeiro.

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