Tinha
vontade de escrever,
De
reinventar a poesia.
Sentia
no peito a crescer,
Rimas
de generosa alegria.
Mas
parou-se-me a escrita,
Pereceu-me
a inspiração.
A
escrita já não acredita,
Que
algures a escutarão.
Ficaram
as emoções magoadas,
Ficaram
as palavras ofendidas.
O
vento não lhe apaga as pegadas,
O
tempo não as torna esquecidas.
O
porquê, insiste a memória,
Em
repeti-las quando tento.
Risca-las
da minha história,
Varre-las
do pensamento.
E
às emoções que me eram rio,
A
expressão “Verbo-de-encher”.
Ficou
uma sensação de vazio,
Roubando
a naturalidade ao dizer.
Agora,
a rima no seu recanto,
Ainda
semeia sem primavera,
Flores
que não têm o encanto,
Que
já tiveram numa outra era.
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