segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Post.it: O silêncio de um abraço


“Tudo o que tem de ser dado soletra-se no silêncio”.
- Então porque continuamos a falar, a questionar?
- Porque ainda não ultrapassamos a surdez do sentir.
Este poderia ser um diálogo, e é. São as questões que me coloco, são as dúvidas que vos coloco.
Se só o vosso silêncio me responder, congratulo-me, é porque ficaram a sentir, a reflectir,  a ter o aprazível encontro com o senso comum algo que sempre tive dificuldade em reconhecer na continua mutação de cada momento humano.
Como humilde ignorante, confesso  que os meus neurónios continuam aos gritos, ambiciosos no seu discurso de perscrutação. É bom querer saber, dizem. É saudável questionar para que se possa evoluir. 
Mas também é magnânimo reconhecer a verdade e o valor de tudo o que não se diz. Sentir que basta simplesmente aquietar o peito, a mente,  deixar que cada pensamento se livre da sua demanda e se permita levemente voar. 
 Para perceber que é naquele silêncio  que o melhor de nós é dado. Quando a oferta de um abraço contem e transmite todo o dicionário de sinónimos de afecto, de carinho, de amizade e amor.

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