segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Post.it: Cedo demais para saudosismos

Não te prendas de tal forma ao passado que te impeça de voar
Não dês asas ao futuro de tal forma que não consigas ter os pés assentes na terra.
É preciso acreditar que a semente que deitamos hoje na terra germina e será uma árvore sólida num amanhã.
É preciso acreditar que mesmo que existam dificuldades, haverá dias mais fáceis em que o sol nos revelará o seu sorriso.
Precisamos acreditar, precisamos ter esperança, precisamos de encontrar seja onde for a força anímica dos nossos passos.
Sei disso, sei-o cada vez mais, quando os problemas me toldam o raciocínio e me roubam as energias necessárias a cada gesto, a cada função do meu dia a dia. Sei-o, quando  a saúde escasseia, quando quase me derrota.
Agarro-me ao passado, como eu era, a alegria, a juventude, a dança primaveril que desconhecia as agruras de cada estação. Estendo os braços para o futuro, esse laço fugidio que qual criança irreverente parece teimar em não se deixar aprisionar.
Ainda é cedo para saudosismos, dizem-me.
Já é tarde para grandes devaneios. 
Mas a verdade é que nunca é cedo para o que é tarde nem tarde para o que é cedo, temos que ser como somos, deixar-nos ir por essa maré em que somos marinheiros de primeira viagem. Aportarmos nos cais do nosso querer, e  por lá fixamos as ancoras de uma felicidade que quem sabe, se a corrente nos for de feição, haverá dias em que nos navegue.


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