segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Post.it: Contra a doença, lutar, lutar!

Nunca como agora senti a noção de efemeridade, incerto, transitório. 
Nunca como agora percebi a preciosidade do tempo que temos na vida. 
Nunca como agora nos sentimos tão pequenos, humildes, dependentes de tudo e de todos.
Nunca como agora vi e sofri o hoje, que nunca será amanhã, para muitas pessoas. 
De repente o caminho que parecia sereno e longo encheu-se de fronteiras, de pequenos passos que vamos conquistando. 
Parecia que o mundo era todo nosso, que o destino estava nas nossas mãos como uma criança que temos de cuidar e proteger, mas cujo destino é apenas crescer. 
Tornamo-nos essa criança, procuramos essa mão protectora, esse abraço tranquilizador. 
Por vezes numa breve miragem encontramos alguma serenidade na voz que nos liga e pergunta como estamos, essa pessoa desconhecida, que nem sequer é um familiar, amigo, mas que nos trata como tal, ou pelo menos assim o sentimos porque o nosso coração solitário precisa urgentemente desse afeto.
A solidão casou-se com o isolamento, parece ser uma união infeliz mas duradoura, ou assim nos parece de tão longa. 
Perante a situação, sentimos que se afastam de nós como se nos temessem, afastamo-nos dos outros com medo de (tudo) de estar a infringir as regras, de estar a receber ou partilhar doenças.
Talvez seja um momento, uma fase, ou quem sabe, o princípio de um fim ou de outro começo. 
A dúvida torna-se medo. O medo, uma angústia, uma batalha de quem quer teimosamente, corajosamente negar o perigo. 
A febre, a dor, a doença que cresce, a cura que tarda. Venceremos! Ou seremos vencidos!
Erguemos as nossas armas, a esperança, a resiliência. Lutamos, com a nossa força toda num sorriso…




Sem comentários:

Enviar um comentário