“O
tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, e o tempo respondeu que o
tempo tem tanto tempo quanto o tempo tem.”
Quanto
tempo temos para brincar com o tempo. Quanto tempo temos para desperdiçar
tempo. Quanto tempo temos para adiar o tempo. Quanto tempo temos para esquecer
o tempo.
De
uma forma displicente diria que temos “todo o tempo do mundo”, mas a verdade é que não temos
tempo algum para desvalorizar o tempo.
E
uma certeza surge-me cada vez mais premente à medida que o tempo passa, (o
tempo está em vias de extinção).
Mas
o tempo pode ser prolongado, o tempo pode tornar-se infinito na memória, no
coração, se o usarmos bem, se o tratarmos com o devido respeito e cuidarmos
dele, não como se fosse o último mas como se fosse sempre o primeiro.
Aquele
tempo em que podemos recomeçar, para desta vez o tornarmos, quem sabe, melhor.
Agora
que o tempo deste ano chega ao seu desfecho, é tempo de reflectir sobre o que
se quer fazer com o tempo do novo ano que se anuncia. E a todos os que tiveram
tempo para estar aqui e para ler este pequeno texto, desejo que no Novo Ano
tenham tempo para viver com felicidade o tempo que o tempo para todos tem.