Supersticiosa?
Eu? Cruzes canhoto! Longe de mim tal ideia, dizemos como quem enxota os ventos
do mau agoiro.
Mas
quem é que admite que vacila com receio que a ténue linha de fonteira que separa a sorte do azar , quem admite que apesar da
sua fé, não bate na madeira, e se deixa cair facilmente na crença ou descrença?
Porque como se costuma dizer “Não acredito em
bruxas, mas que las ai, ai” E isto não é só para os nossos vizinhos, de onde
dizem,” não vem bom vento nem bom casamento”. Seja como for é melhor não
brincar com a sorte para não atrair o azar., palavra que uma amiga minha
eliminou definitivamente do seu dicionário, substituindo-a por má sorte. Não vá
atrair ventos contraproducentes.
Os
mais cépticos, riem de tudo isto e dizem que são meras superstições,
convicções, crendices, energias negativas, etc.
Seja
o que for, cada um tem o direito de acreditar no que lhe aprouver. Porque isso
faz parte da sua herança cultural, de histórias que lhes contaram em criança. Desconhecendo
que a verdadeira intenção de muitas destas histórias seria certamente
refrear-lhes as traquinices. Histórias que adquiriram raízes na memória, e sem
perceberem, começaram a deixar em cada
um de nós, recantos sombrios no espirito. Cantos, onde por vezes, é difícil
entrar o sol racional. E lá vamos abrindo as revistas em busca da secção dos horóscopos,
das cartas do tarot, consultando as linhas da mão, questionando o oráculo…
Supersticiosa? Eu? Bom, não sei,
porque no fundo, bem lá no fundo, acredito que “há muito mais entre o céu e a
terra do que a nossa vã filosofia alcança”. E que ” O coração tem razões que a razão
desconhece”, mesmo que o “pai dele me dê azar”.
O melhor é abrir as janelas da alma, arejar os
pensamentos e deixar que toda a negatividade siga para bem longe num sopro vento.
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