Uma
estrela devorou um planeta”, mas continuava a notícia do matutino, “tal fenómeno
vinha confirmar a teoria dos astrónomos de que o planeta terra poderia vir a
conhecer idêntico destino daqui a cerca de 5 mil milhões de anos”, isto se a
nossa pesada pegada humana não antecipar este desfecho.
Confesso
que fiquei deveras preocupada com esta possibilidade, porque segundo as minhas
contas posso estar por essa altura numa das minhas (reencarnações). Que me
desculpem os fervorosos crentes destas teorias mas não devemos levar demasiado
a sério estas questões, correndo o risco de nos prendermos excessivamente a
elas e não exercermos o nosso livre arbítrio. Mas voltando ao fio da meada,
dizia eu, que poderia estar nessa altura numa das minhas passagens por cá e,
fazendo jus a filosofias ancestrais, talvez esteja a seguir o ciclo de
purificação e aperfeiçoamento. Como costumávamos brincar nas aulas de Filosofia
do 10º que os apresentava através de uma lógica em que colocava o reino vegetal
na base, sendo, por conseguinte, o mais insignificante, ascendendo depois para
o reino animal. Perante isto reconheço que passarei de rabanete, vegetal que o
meu paladar rejeita, evoluindo, quem sabe, talvez para pulga, gato, cão, etc.,
passando depois para mulher e se tiver sorte (ainda segundo os antigos
filósofos) ascenderei a homem. Mas como sou uma pessoa de fortes convicções,
acredito que entretanto, depois de tanta tentativa e erro, teremos encontrado a
solução, para não sermos devorados por uma estrela, mas para nos transformarmos
numa, não tão quente reluzente como o sol, mas com similar beleza. Que irá
finalmente iluminar o rumo da humanidade em plena harmonia com a natureza e
todos os outros seres que nela habitam. Só espero não termos que aguardar 5 mil
milhões de anos…
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