Até
os grandes heróis são homens com defeitos” dizias-me, quando eu teimava em
acreditar que ainda havia pessoas boas. Enquanto insistia em fechar os olhos e
abrir o coração. Já me roubaram tantos sonhos, não me roubariam mais nenhum
gritava com cada molécula do meu seu.
Porque se ficar sem heróis, quem irá salvar-me dos meus medos, das minhas
incertezas? A quem vou contar os meus segredos. Quem irá resgatar-me das más
escolhas, que “sapatos vou calçar” para sentir que caminho no rumo certo. A
quem posso contar as minhas alegrias, onde vou aconchegar os meus fracassos?
Não,
não vou permitir que me roubem os meus heróis. Mesmo que tenham defeitos, não
os vou ver. Porque preciso deles sólidos, firmes, cheios de sabedoria.
Recordo-me de todos o que já conheci, os que ainda conheço…
Os avós na tranquilidade dos seus cabelos
brancos, os pais estendendo-me a mão, os irmãos caminhando ao meu lado, os
amigos que são uma porta sempre aberta.
Têm
defeitos? Talvez os tenham, mas que me importa, compensam com maiores virtudes.
São humanos? Ainda bem, de vez em quando necessito de um abraço quente e terno.
Porque
de vez em quando preciso de um herói…
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