Os
anos são lições de sabedoria que na sua vinda temporal nos vão oferecendo,
quando chegam, quando ficam para contar a história do seu caminho.
Um
caminho que os trouxe até nós. E nós celebramos a sua chegada, desembrulhando
esse presente doce/amargo. Entre parabéns pela chegada a essa meta, com votos
de felicidades para que o vivamos gratos pela dádiva de vida…
Quantos
anos celebramos? Poucos, muito poucos para tudo o que ainda temos para fazer,
para sentir, para partilhar, para crescer, para sonhar e concretizar. Há muitas
Primaveras a espreitar na janela do olhar, há muitos Verões de um sol emocional
que nos quer sorrir, muitos Outonos ansiosos de renovação para afastar as
folhas amarelas que nos magoaram e dar lugar a possíveis recomeços, há tantos Invernos
de braços abertos desejosos por abraçar com carinho a fonte dos nossos desejos.
E
o bolo, e as velas, o champanhe e os amigos? Não falta nada, só a fotografia da
praxe, juntem-se todos, bem apertadinhos, para caber não na foto mas no sorriso
de amizade que se estende pela casa fora, pela vida fora…
Por
fim chegou a noite do nosso dia, por fim repousamos o corpo, aquietamos o
coração de tanta celebração, aconchegamos a alma no calor do peito e suspiramos
sentindo que esse dia foi especial, não por nos ter levado a essa baliza
temporal, mas por nos indicar um novo caminho nesse ano etário que se nos
oferece novinho em folha, sem mácula de passado, e com a luz perene de tanto
futuro, nesse aniversário que não tem nada, nada que nos impeça, de sermos felizes.