Já escrevi
várias vezes sobre a amizade, mas continuo a encontrar motivos para voltar a
este tema, para reflectir sobre ele. A amizade é certamente a melhor coisa que
temos na vida, é o nosso pilar, o nosso ancoradouro.
Quando todos partem, os
amigos ficam, choram e riem connosco. O
ciclo de amizades não é estático, há os que vêm, há os que por instâncias da
vida partem. Mas como surgem? Uma parte surge ainda na escola e esses crescem
connosco. Depois vêm os colegas de trabalho, outros com os quais nos cruzamos e desponta entre nós
um enlace. Mais importante do que encontrar um amigo é conservá-lo.
Costumo
dizer que a principal regra da amizade é o Respeito. Ele deve manifestar-se na
lealdade, compreensão do outro naquilo que o caracteriza. Mas o respeito começa
a ter necessidade de ser entendido e quase explicado. Porque cada um na sua
individualidade e por vezes insensibilidade não o tem em atenção na sua
atitude. Uma amiga dizia-me um destes dias com lágrimas nos olhos.
- Aquela
pessoa que considerava ser minha amiga magoou-me.
Como a compreendo, e porque isso acontece demasiadas
vezes, respondi-lhe o que a vida me ensinou. “Não fiques assim, porque não era
um amigo. Um amigo não magoa, auxilia. Não fere, cura, não se ri de nós, ri
connosco. Um amigo não é quem nos coloca em baixo, mas quem nos ergue”.
A ti que lês
estas palavras, não desligues de imediato, com o pensamento de que não te são
dirigidas. Tens a certeza que nunca magoaste um amigo? Eu confesso que já. Errei
porque sou apenas humana. Mas e depois o que fazer? Reconhecer o valor dessa
amizade e saber pedir perdão. Foi o que fiz e tornei-me uma amiga melhor.
Quanto à
minha amiga, aquela que em tom de desabafo me levou a esta reflexão, não sei se
ouviu um pedido de desculpa e com isso ganhou um verdadeiro amigo. Espero que
sim, porque “a amizade é o continente que nos impede de sermos ilhas”
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