Não disse em que dia, em que
mês, em que ano, por isso continuo à espera. Disseram-me para não esperar mais,
que não virias, mas não desisto, não desisto de ti, porque acredito que de
alguma maneira, voltarás.
Talvez em forma de vento e soprarás as palavras de
afecto que me habituaste a ouvir. Ou em forma de chuva só para nas gotas de água
esconderes as minhas de saudades de ti.
Quem sabe nessa onda que vem ter comigo
e quando a tento apanhar foge de novo, como se brincasse comigo à apanhada,
faz-me lembrar de nós da nossa infância, da adolescência, dos encontros e
desencontros da fase adulta.
Em que tu partias, mas eu tinha a certeza que
voltarias, e tu, voltavas, voltavas sempre. Por isso continuo à espera. E mesmo
que passem os dias, as estações do ano, que as nuvens ensombrem as manhãs, que
o luar adormeça as noites, que o sol brilhe no despertar, sei que cumprirás a
tua promessa, nem que seja nesse encontro celeste, quando as estrelas
compuserem a mais bela melodia para dar voz ao que me vais contar.
Porque
prometeste que voltarias para nos contar. Não, não te preocupes, não te
cobrarei a demora, cobrarei apenas o abraço que continuo à espera de te dar, no
dia em que voltares…
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