Um
estudo americano-europeu que durou 15 anos concluiu que o Amor tem prazo de
validade, 2 anos e depois já não resta nada, ou melhor resta muito: filhos,
divórcio, divisão de bens, de dívidas, de culpas. É o fim que já esqueceu o
início, quando a loucura amorosa tornava tudo perfeito. Mas segundo os experts, esta “loucura”, nada mais é do
que um engodo ou quem sabe uma forma ancestral de auto preservação da natureza
para evitar que a humanidade desapareça da terra.
Pouco
românticos, estes cientistas, que roubam ao Amor todo o sentimento, toda a
emoção que nos faz sonhar com um Happy
end e com um Forever.
Porque
esta sociedade que julgamos consumir e afinal nos consome, a vida amorosa nasce
floresce e murcha numa “busca constante e vã do parceiro cada vez mais
perfeito”. Já que segundo parece o “amor
é hoje uma religião que não consegue produzir crença, fé ou compromisso: é uma
droga que vive do desejo de querer estar sempre na fase apaixonada”.
E
a poesia? E os romances? Será tudo um embuste? Questiona-me a química dos
sentidos. Nem tudo pode ser: adrenalina, noradrenalina, dopamina, serotonina e
endorfinas e outras.
Não
podemos reduzir os sentimentos a teorias da tecnologia, da neurociência, da
psicologia/psiquiatria, da desfragmentação do ADN.
Ponho
um basta em tudo isto, já não quero ouvir mais! Desligo o televisor, apago o
computador, ponho o telemóvel no modo de silêncio e marco um encontro com
Camões no sofá da minha sala, preciso com urgência de reencontrar em mim o
“fogo que arde sem se ver”, sem prazo de validade.
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