Googla-te
(pesquisa-te). Não procures no universo de redes sociais, de sites, de bites e
de bytes. De informação e desinformação. De atracção e abismo. Não procures no
monitor no emaranhado de teclas.
“Procura
dentro de ti”, não vás para fora de ti, fica cá dentro. Aqui onde as moléculas
te contam histórias verdadeiras. Onde as células te desvendam caminhos de vida.
Onde os neurónios te oferecem sonhos que podes realizar. Aqui onde a alma
escondida revela o melhor que há em ti. Aqui onde o coração vibrante de emoções
anseia pelo teu abraço. Aqui onde o teu mar liberta de vez em quando uma gota
de saudade, de esperança.
Aqui
onde os olhos te abrem amplas janelas de verdadeiras paisagens, e podes tocar
nas flores, sentir a brisa, escutar os murmúrios das fontes, o riso das
cascatas e ver em todas as dimensões, aquele olhar que completa o teu, aquele
sorriso que se ri com o teu, aquele abraço que se fecha com o teu.
Googla-te
no universo que tens dentro de ti. Tecla-te na pele. Desvenda-te, encontra-te,
cresce e entrega-te em bondade e só depois, muito depois, podes procurar longe,
com a certeza de que estará sempre perto.