“Não
quero compreender para crer, mas crer para compreender”. Uma frase que nos fala
de fé, dessa fé que questionamos, que nos questiona. Que nos faz avançar sem
ter dúvidas, que nos preenche de certezas. Mas os tempos são difíceis e cada
vez mais sentimos que desmoronam as estruturas do nosso querer e do nosso crer.
Que o passado já não nos dá a tranquilidade de uma construção em lutas e
direitos tão arduamente adquiridos. Que futuro já não é só o seguir em frente,
a causa/efeito das nossas construções no presente. Procuramos uma luz no fundo
do túnel, mas a escuridão parece envolver-nos cada vez mais. E mesmo que o sol
brilhe no horizonte da terra, parece afastar-se continuamente do nosso
horizonte pessoal.
Que
destino será o nosso, que mais obstáculos vamos encontrar, será que os
conseguiremos suplantar? Aqui e ali desmoronam-se vidas, mergulhadas no
desespero sem solução à vista. Buscamos na fé, na nossa fé, seja qual for a
nossa religião ou ateísmo. A nossa fé está, deve estar, existir e sobreviver
para além do caminho, nos passos, que temos que dar, acreditando que ele nos
levam a algum lugar. Temos que ter fé em nós, nesta humanidade que somos. Para
renascer das cinzas como uma fénix que se volta a erguer e a voar, mesmo que o
céu nos pareça distante, na realidade é uma ilusão de óptica, o céu está à
distância da nossa mão.
Para
tudo é necessário querer, querer muito e crer…
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