Porque
procurar é já uma forma de encontrar. Encontrar um caminho, uma solução, uma
ideia, um desejo. Até a ti te encontro quando te procuro, quando te procuro em
mim e te encontro por fim.
Encontro
o amor, nesse local onde o procuro, sem precisar de ir muito longe, nem de o
sonhar acordada, ele está, sempre esteve, no caminho por onde andei, tão perto que podíamos entrelaçar cada mão,
porque o amor estava, onde sempre esteve,
no meu coração.
E
não são os outros que nos dão na vida a solução, ela está onde a procuramos
quando um dia a encontramos, cansada talvez, de esperar por nós. Vendo o
fracasso dos nossos intentos, as nossas guerras perdidas.
Quando
tentamos derrotar o inimigo que temos no peito. O nosso medo de encarar o
reflexo, a autoestima desanimada, a culpa adiada, a busca que nos leva a onde
sempre estivemos, ao amago da questão, ao encontro do que procuramos.
Porque
a esperança nada mais é do que um composto de desejo e confiança. É com a
vontade que se deseja.
É
com a confiança que se chega ao entendimento.
Desejar
sem ter a confiança de alcançar permanece apenas e sempre como desejo. Mas
desejar e faze-lo com confiança é construir a base sólida da esperança.
Por
isso há esperanças que tardam. Mas também por isso há esperanças que chegam.
Quem tem esperança, tem um caminho que se abre à sua frente, como se fosse uma
nossa possibilidade de vida.
Quem
não a tem, morrem-lhe os desejos antes mesmo de os desejar.
Essa
esperança, o perfeito equilíbrio de desejo e confiança que procuro e encontro,
em mim.
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