Tenho
por hábito ver a vida como uma montanha, não pela escalada mas pela sensação de
uma meta a alcançar. Sempre senti os aniversários como uma caminhada prazerosa,
uma revelação que se faz sem pressa, uma emoção por dia, afinal as 4 estações
que a planta atravessa por ano é que a levam a produzir flor e fruto, algo que
ela só o descobrirá no momento certo.
Mas
voltando à ideia da montanha, alta, forte, sólida na terra, mas acariciando o
céu, uma visão que sempre me maravilhou, e deixou em suspense de espanto, por
isso coloquei no seu topo o habitat
dos 50 anos. Uma imensa vitória, festiva e lá no cume se hastearia bandeiras de
uma grande e bela etapa.
Descansando da jornada poder-se-ia finalmente apreciar
a vista, o largo horizonte. Mas quem me antecipava na viagem dava-me sempre um
testemunho diferente.
Então fui percebendo que o topo da montanha era apenas um
patamar para muitos outros cumes. Cada um deles com um horizonte mais sublime,
porque a caminhada vai-nos ensinando a valorizar a beleza do caminho em vez de
nos perdermos em queixumes pelo esforço que o percurso exige de nós.
Afinal as
coisas mais difíceis de obter são sempre as que nos fazem mais felizes. E
sobretudo percebi que lá chegar, era apenas o primeiro passo, o primeiro de
muitos, porque só então a maturidade nos revela o sentido de todas as dúvidas
que tivemos.
Para
ti que hoje que vislumbras o primeiro patamar da vida, que observas as metas
que foste alcançando, que tens ao teu redor sorrisos de amor, abraços de
amizade e saúde para conquistares novas vitórias, não pares. Cria novos desafios,
desenha outras metas, novos objectivos para continuares a subir em direcção aos
teus sonhos para que um dia os vivas de olhar bem desperto.
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