Queria-te
perto, tão perto que sentisses o bater do meu coração. Queria-te perto tão
perto que escutasses os meus pensamentos. Viver uma realidade sem
condicionamentos, cerrar as grades do tempo para que a felicidade durasse 48
horas por dia. Romper com as correntes da rotina que nos aprisionam nos hábitos
e nos impedem de fazer a cada instante coisas novas, criativas e inovadoras.
Queria
acordar com o bom dia do sol e adormecer no embalo do luar. Lá fora a chuva cai
de mansinho. E então enrolar o sono no teu abraço quente, para despertar no teu
olhar, saltar da cama, correr para a vida lá fora, como se ela fosse um imenso
areal sem limite de horizonte.
Abrir
os braços e espantar a preguiça, fechá-los e apertar neles o sonho de
liberdade, nesta anarquia de emoções.
E
nesse cansaço inquieto que só a ventura pode dar, mergulhar nessa onda e ser
mar, sereia ondulante, ninfa inspiradora de solitários marinheiros.
Queria-te
perto, tão perto, que outro tão perto não existiria.
Perto
tão perto como a noite que se completa no dia…
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