Esta
hora, a tua hora, aquela onde tudo te pode acontecer. A ti que esperas por ela
há tanto tempo. Como se nessa hora depositasses toda a tua esperança. Como se
ela fosse a derradeira, porque finita no tempo pode ser infinita o momento em
que a vives, em que a sentes, tua…
Esta
hora que desenhaste no peito com cores dum arco-íris de tons vibrantes, quase
que me atrevia a dizer, de paixão, mas o teu olhar maduro de encantos, já não
se deixa aprisionar por adolescentes enredos que desmoronam demasiadas vezes em
rios de pranto.
Basta-te
a hora, a dulcíssima hora em que a tarde cai e que de mansinho bate à tua porta
no convite para um passeio, talvez nostálgico, talvez saudoso, de uma outra
hora que não bateu no relógio da vida. Mas se permitires que mais alguém
partilhe esta tua hora, quem sabe, talvez, um pequeno e atrevido raio de sol
ainda faça despontar um suspiro que aparentemente não diz nada mas significa
tanto, tanto, como esta hora.
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