Via-a
sempre sozinha, mas sem solidão. Via-a sempre de olhar perdido, mas não
triste. Como se soubesse que a felicidade acabaria por a encontrar. Não como se
esperasse, mas, com a certeza que virá…
Continua
a caminhar sozinha, de olhar perdido, algures, no seu recanto de fantasia.
“Olho
aquela estrela cintilando no céu e fico a pensar que tu também olhas para ela.
Porque essa é a minha confiança, preciso dessa linha invisível no horizonte
para saber que algo nos une no mesmo instante. E fico feliz com esse pensamento,
esse pequenino alento, que me basta para me sentir viva no teu existir.
Se
depois não acontecer mais nada. Se depois não te encontrar na minha estrada.
Talvez não me importe, só isto me basta. Porque me preenche de sonhos e
fantasias. Porque me enleva o ânimo. No entanto, sem desejos nem ansiedade,
faço da minha saudade, um riacho de alegria, que se alimenta da esperança de te
reencontrar um dia, mesmo que demore no tempo da vida. Mesmo que se torne longo
no bater do relógio, chegará…
E
nesse momento, toda a emoção vai aflorar nos meus olhos. Todos os sorrisos se vão rir para ti. E ver-me-ás de braços abertos. Sem marcas de amargura, como se
fosses o começo da minha primeira alvorada, o início do meu primeiro ano, o renascer
da minha vida, o princípio do meu futuro. Por enquanto, vou idealizando-te
assim, quem sabe, até ao final de mim.”
Mais um daqueles pequenos tesouros que tu tiras do coração para nos contares e talvez mostrares que na vida há que saber esperar. Bjs. A.
ResponderEliminarJá tenho comentado a forma como escreve, que já não nos surpreende. Mas continuo a vir aqui sempre que posso, porque fico curioso sobre o que vai escrever, da fonte do seu saber. Não a conheço pessoalmente, mas imagino-a uma pessoa muito introspectiva, calada, mas com um olhar que vai muito para além das aparências. Porque por vezes é preciso saber escutar para melhor compreender. Um grande abraço. Antero
ResponderEliminarSerá que falas de mim? Porque se é, acredita que já não espero, mas fico no meu “recanto de fantasia” quem sabe a sonhar com o que poderia ter acontecido. Porque a realidade já nada tem para me oferecer. Beijinhos
ResponderEliminarPor vezes o que nos resta, depois de tanto esperar pela felicidade que demora é ficar sossegadamente no nosso recanto de fantasia. Beijocas, C.
ResponderEliminarEis uma secção que podias abrir e lá deixares muitos destes recadinhos tão cheios de carinho. Beijos, Filomena
ResponderEliminarLinda a forma como partilhas connosco retalhos da vida que intuis ou conheces dos outros.
ResponderEliminarE a felicidade veio, sim. E eu sabia q ela viria.
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