Não é a mesma coisa! Grita exigente, o coração. Claro que não é, sobretudo para este coração que se espreguiçou no quente areal, que mergulhou nas águas quase serenas do oceano e que se deitou confiante nas ondas sentindo com o mar, uma comunhão de vida.
E o sol, esse astro que por mais que me digam que é o mesmo, não o acreditam os sentidos. Era mais brilhante, mais radioso, aquele que via nascer no imenso horizonte, enquanto a lua ainda permanecia alta no céu, acenando-lhe um adeus cheio de promessas de regresso. O sol acreditava e a lua voltava…
Este sol que ontem me deitou no regresso, não é aquele que vislumbrei num pôr-do-sol, lá bem na pontinha do continente, onde a terra abraça o mar, onde o mar se aconchega nesse abraço terrestre e ficam juntos a ver o dia partir, a ver a noite chegar…
Voltei das férias, mas ainda me sinto algures por lá… dançando no vento, caminhando na praia ainda deserta, conversando com as marés, apanhando conchas, construindo castelos de areia onde a esperança de infinitude possa morar.
Voltei das férias, ou, talvez não…
Sem comentários:
Enviar um comentário