Li
um dia que, só com o passar dos anos aprendemos a valorizar a essência das
coisas.
Dizia
que: Uma mulher aos 3 anos sente-se uma rainha no topo do mundo.
Aos
8 sente-se uma cinderela rodeada de presentes e outros mimos.
Aos
15 sente-se feia e desajeitada, nem quer sair de casa.
Aos
20 continua a achar-se feia mas ainda assim quer ir para as festas.
Aos
30 ainda se acha feia mas não tem tempo para se deprimir com isso.
Aos
40 persiste que é feia mas começa a considerar a beleza secundária para a vida.
Aos
50 vê-se como é e aceita-se porque gosta
de viver dessa forma.
Aos
60 começa a estar grata pelo que é e por tudo o que já viveu e ainda poderá
conhecer.
Aos
70 começa a gostar de si e a valorizar tudo o que sua existência lhe permitiu ser.
Aos
80 desliga-se do espelho e começa a espelhar no seu modo de vida, alegria e
ternura.
Então,
pensei com alguma melancolia, será vou ter que esperar até aos 50 para me
aceitar? Até aos 60 para reconhecer os benefícios de existir? Até aos 70 para
gostar de mim e valorizar-se como pessoa e até aos 80 para perceber que nada é
mais importante do que o motivo que nos leva a sorrir e a ternura que sentimos
por tudo e por todos que nos rodeiam.
Entristeceu-me
e desejei ter começado a perceber aos 3 enquanto era rainha, que não o devia
ser da beleza mas da simpatia. Continuado aos 8, não como Cinderela para
receber presentes mas para os partilhar.
Desenvolvido
aos 15, mesmo feia e desajeitada mas sempre como muita amizade. Ou aos 20
festejando cada dia não a beleza mas a alegria de estar aqui e ter um largo
caminho com múltiplas possibilidades.
Mas
também aos 30 com muitas tarefas mas sempre com tempo suficiente para estar com
quem precisasse de minha afeição.
Chegar
aos 40 e sentir que tanto o passado como o presente e o futuro são a melhor
coisa que temos, pelo que fomos, somos e poderemos ser, tornando-nos melhor a
cada passo que damos.
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