Final do ano escolar, sempre a mesma agitação, tensão, passa
não passa, entra não entra na faculdade, termina ou não termina o curso, sempre
o agora e o depois nas nossas e suas preocupações.
Porque eles são os nossos filhos, as nossas sementes de
esperança. A força do caminho, a coragem do destino. São o nosso horizonte, a
mão que toca cada nuvem por mais alta que esteja. A realidade dos nossos
sonhos. São o “nós” que prossegue e
chega muito mais além. A mão pequenina
que recebe o testemunho que lhe damos no ADN envolto de carinho e embalo.
São os passos que nós lhe ensinámos a dar e que passam a ser
os seus nesse equilíbrio de quer voar e voa, aos poucos, quando arrisca a ser
quem é. Nós, pais ficamos atrás incentivando a que prossiga, ao lado
acompanhando para que não se desvie, à frente para lhes desbravar o caminho. E
eles vão tropeçando, como quando os ensinamos a andar de bicicleta, um dia, hão-de
ir sozinhos, ainda que não completamente, porque estaremos sempre presentes
mesmo quando ausentes, estaremos perto, ainda que longe.
Nascem, crescem, vão para o infantário, para a escola, saem da escola, para a
faculdade, para o emprego, se tudo correr bem..
Nesse entretanto, trazem-nos
desenhos num emaranhado de cores que nós colamos na porta do frigorífico
orgulhosas do nosso pequeno “Picasso”, trazem-nos os testes com notas que
olhamos com desvanecimento ou que preferimos nem olhar.
Até que um dia nos trazem uma fita colorida e lá assinamos
não com o nome mas com toda mistura de sentimentos maternais, porque erguemos o
olhar e continuamos a ver a criança naquele quase homem/mulher.
O que lhes desejamos? Tudo, que seja deles o mundo, o
universo, todos os dias de sol, todas as flores da primavera. Se não poderem
ter tudo, que tenham momentos de sucesso, dias de alegria, horas de felicidade.
E a certeza de que, podem ir mas sempre voltar.
Porque aqui, neste coração, está o vosso lar, com um abraço
sempre disponível para vos aconchegar.
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