enquanto
o corpo fica na cama a imaginar,
que
se refresca no azul desse imenso mar,
Férias
é quando vivemos dias sem planos.
São
momentos em que nos permitimos,
acordar
sem ter aquela hora marcada.
Quando
dos amigos nos despedimos,
julgando
ser noite e já é madrugada.
Claro
que nas férias há muita ilusão,
acreditamos
que tudo é para durar,
e
lá deixamos à deriva o coração,
qual
barco sem cais para aportar.
Mas
há o outro lado que faz parte,
Onde
o sol deixa o corpo a escaldar,
E
os castelos de areia de rupestre arte,
Vão
numa onda que os vem roubar.
Ou
a areia colada na pele molhada,
as
crianças na rua pela noite fora,
o calor sufocando a noite cansada,
o
sono que tarda, o sonho que demora.
Por
vezes o vento sopra em desatino,
lá
vêm os mosquitos para nos devorar,
ou
o fumo do peixe assado do vizinho,
E pensamos, para o ano havemos de voltar.