Cá se fazem cá se pagam. “É karma” etc., sinceramente não
acredito nestas frases feitas, mas para quem acredita, talvez lhe custe menos
por aceitarem que estão a cumpria a sua “pena”.
Não acredito porque há tantas pessoas a fazerem o mal a
tantos outros milhares e continuam impunes, não condenados pela humanidade nem
julgados pela sua almofada. Dormem o sono dos “justos” convencidos que o são.
Enquanto isso vão ceifando vidas em nome de causas próprias, mas que sei lá
como ou porquê vão conquistando massas. Há quem diga que é fruto desta
sociedade degradada, sem valores, de revoltas interiores e exteriores, de
jovens que têm tudo mas que se sentem sem nada, outros que não têm nada e que
acham que têm tudo pelo menos em direitos que reclamam seus por mera
existência. Empunham uma arma, quer seja pistolas, veículos, explosivos, facas,
etc., ou as próprias mãos e com elas exterminam seres inocentes que apenas
viviam de forma pacata as suas vidas.
É neste impasse que estamos, depois do ano que passou, este
que ainda mal começou e já carrega nos seus frágeis ombros a herança do
descalabro que foi o seu antecessor. Nada se avizinha de bom de tal herança.
Mas de vez em quando, os “filhos” conscientes de tudo isso negam-se a seguir as
pegadas dos seus “pais” e é nesta esperança que acordamos todos os dias, que
continuamos a trabalhar, a encarar os obstáculos e a superá-los um a um.
Prefiro abraçar a ideia de “Ano Novo vida nova”, não adianta
lamentar o passado, mas torna-lo energia positiva para um amanhã quem sabe, menos
cruel.
Houve um tempo em que as nossas ambições nos levavam a
desejar habitar a Lua, visitar Marte, construir mundos virtuais, fazer amizade
com extraterrestres, hoje com os pés mais assentes na terra, queremos apenas
que a natureza não pereça, que a poluição não nos sufoque, que os vizinhos
sejam nossos amigos e sobretudo que seja respeitada a dignidade humana na vida
e na morte.
Que o ano de 2017 nos traga a concretização dos nossos
desejos de Paz entre os Homens conscientes de que o “bem” não pode ser nunca conquistado
com o mal.
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