No
meio do tudo, sou apenas nada,
Um
nada que é quanto me basta.
Como
ao sol lhe basta a madrugada.
Que
renasce e nunca parece gasta.
No
meio do ruído, sou o silêncio,
Um
silêncio que tudo e a todos diz.
Que
na sua quietude não está vazio,
Que
na sua eterna solidão está feliz.
Porque
é bom sentir que se faz parte,
De
um lugar que em tudo é como nós.
Como
se fosse estranha peça de arte,
Que
ouve os sentidos e lhes dá voz.
Até
que de repente e já sem pressa,
Toda
a vida nos desfila no caminho.
Já
sem tempo que acelere e meça,
O
que o coração nos diz baixinho.
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