Nem só o amor
dói,
Também dói,
Este existir.
Que vai para
tantos lados,
E nos deixa
cansados,
Sem saber
para onde ir.
Esta espécie
de onda,
Que sem ter
onde esconda,
Este navegar
sem tino.
Apenas deseja
um areal,
Quente de sol
e de sal,
Para aportar
o destino.
E no sopro do
vento,
Outrora de
encantamento,
Cede-se ao
embalo do mar.
Que leva para
longe, tão longe,
Cada dia que
foi hoje,
Para em ontem
o transformar.
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