Tudo
depende da maneira como as coisas são ditas. A verdade deve sempre ser dita, repetem
todos, posso até concordar, mas a forma como se diz é que faz toda a diferença.
A verdade é como uma pedra preciosa, se a lançarmos ao rosto de alguém pode
ferir, se a lapidarmos pode tornar-se um belo diamante.
Conta-se
que havia um Sultão muito feio que não encontrava noiva para casar, um dia
finalmente casou, feliz com o matrimónio mandou chamar um adivinho e
perguntou-lhe se iria ter filhos e se estes seriam bonitos. O adivinho respondeu
que teria filhos mas que seriam muito feios. O sultão ficou zangado e mandou
matar o adivinho. Depois consultou outro, este respondeu-lhe com um sorriso, “alegrai-vos
meu sultão, terás muitos filhos e todos parecidos com o pai”.
Por
isso “A verdade pode tornar-se inconveniente na boca de uns e conveniente no
sorriso de outros”. Já que, “Algumas pessoas nunca dizem uma mentira, só se
souberem que a verdade pode magoar mais” Mark Twain. Além de que, “ a mentira é
apenas a verdade mascarada” George Byron. Podemos talvez concluir que “A única
verdade que temos é a realidade” Aristóteles. Aquela “Que cada um absorve consoante o seu
grau de miopia” Carlos D. Andrade. Mas antes de julgar todas as teorias e todas
as verdades o melhor é concluir como Pablo Neruda, “A verdade é que não há
verdade”.