Post.it: A química do amor

Cada um sabe exactamente como está sentindo o seu Amor, ou lamentando a falta dele, reclamando da falta de reciprocidade, exigindo  cumplicidade ou justificando o seu sentir. Mas apesar das muitas teorias a verdade é que a única certeza que temos sobre o Amor é que não temos nenhum controle sobre ele.

Nietzsche, dizia, que quando amamos, juntamos todas as melhores propriedades das coisas mais maravilhosas e perfeitas e as consideramos similares ao ser amado.

Enquanto que os psiquiatras, despegados do lado emocional, consideram o Amor apenas uma reacção química, causada por estranhas coincidências. Isto porque as ressonâncias magnéticas vieram-nos mostrar que o Amor é extasiante devido à sua localização no cérebro. Porque segundo consta este  aloja-se precisamente ao lado da zona onde habitam os vícios e que a privação ou melhor o amor não correspondido tem efeitos similares à abstinência da droga, dado que as células do cérebro que libertam dopamina estão “encostadas” a uma zona que ‘gere’ as obsessões e compulsões. Digamos que o Amor está rodeado de má vizinhança.

Independentemente do Amor residir no coração ou no cérebro, ser de origem física ou química,  a verdade é que o amor é um sentimento avassalador,  que desejamos e tememos…

Porque afinal:

“O amor é fogo que arde sem se ver

é ferida que dói e não se sente.

É um contentamento descontente,

É dor que desatina sem doer.” (L. Camões)

Todos o procuram porque:

“Se o amor é fantasia, eu me encontro

ultimamente em pleno carnaval” (V. Moraes)

 Contudo não esquecer que:

"O amor é uma flor delicada, mas

é preciso ter coragem de ir colhê-la

à beira de um precipício" (Sthendal)

Conclusão?

“O amor talvez seja apenas a perfeita

 união entre a química do cérebro

e a estranha razão do coração.” (A.R.)