Não quero um iate nem que seja lindo como o Queen Elizabeth, apenas um bote que me leve para longe. Não quero partir num cruzeiro para paisagens paradisíacas, apenas descer o rio em direcção ao mar, descer o mar em direcção ao nada.
Seja onde for, será o meu lugar, feito de silêncio. Só eu e o meu destino. Quantas coisas lhe quero perguntar. Num diálogo de quase meio século por fazer, mas só uma pergunta me surge dançando no pensamento:
- Onde me levas?
- Em frente. Responde.
Sim, bem sei, não se pode caminhar para trás recolher às entranhas e nascer de novo.
Timidamente torno a perguntar:
- Porque o amor não acontece?
- Está sempre a acontecer.
- Sim, mas um amor feliz onde está?
- Onde te levar o coração…
Desisto das perguntas, afinal, sei todas as respostas! Onde vou? Sigo a corrente.
Quando lá vou chegar? Depende: se vou usar os remos, ligar o motor ou deixar o bote deslizar.
Porque a vida é um “jogo” de múltipla escolha. A grande questão é acertar nela.
Há lugar para mais um?
ResponderEliminarTrocava bem o Queen Elizabeth pelo bote parece estar em bom estado de conservação. Além disso tb preciso de fazer umas perguntas ao destino.
ResponderEliminarO destino não responde. É um mar de silêncio. Apresenta a vida e a escolha é nossa. Problema é podermos deixar passar o nosso amor feliz sem o reconhecer e com ele mesmo à frente. Ai, Ai.
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