“Penso
que só há um caminho para a ciência ou para a filosofia: encontrar um problema,
ver a sua beleza e apaixonar-se por ele; casar e viver feliz com ele até que a
morte vos separe ou que obtenham uma solução. Mas, mesmo que obtenham uma
solução, poderão então descobrir, para vosso deleite, a existência de toda uma
família de problemas-filhos, encantadores ainda que talvez difíceis, para cujo
bem-estar poderão trabalhar, com um sentido, até ao fim dos vossos dias”.
Karl
Popper falava da ciência e da filosofia, mas estas mesmas palavras podiam
aplicar-se à constituição de uma família, ao seu natural alargamento e
crescimento.
As
mesmas palavras podiam aplicar-se à vida individual e colectiva, nas suas
rotinas e constrangimentos. Os sol e a chuva, o frio e o calor, as idas e
vindas de casa para o trabalho e do trabalho para casa.
E
são palavras aplicáveis a diversas e dispares situações porque a une um
sentido, o amor, por aquilo que nos une, por aquilo que nos define, nas nossas
duvidas, lutas e certezas, nos nossos afectos, uniões e dispersões, no que nos
limita e prolonga ao infinito, a liberdade que temos de ser e de voar quando a
exactidão e o rigor se tornam as nossas asas para voar, nem que seja na
possibilidade única de sonhar e acreditar que pode tornar-se realidade
científica, filosófica o que nos surge em fantasia.
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