Não chega a ser segredo,
Esse trépido e doce medo,
Em que a alma quase nua,
Dança suave na luz da lua.
Por entre a sombra do amor
Debruça-se em haste de flor.
Tão simples, quase desajeitado
Mas serenamente, encantado.
Lábios sedentos de mil fontes,
Gestos ávidos de horizontes,
Só o luar não ilumina os corações,
De olhos que são constelações.
Depois alegres em sonhos cansados,
Adormecem o amor ainda abraçados.
Se a vida fosse flor, seria malmequer,
Despetalada ganharia o bem-me-quer.
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