Nem sempre é preciso andar, nem
sempre é preciso questionar para aprender, por vezes, basta parar, basta olhar,
basta ver. Um olhar que queira entender o que a vista alcança. Um olhar que
queira entender o que o coração sente.
Quantas vezes partimos, vamos
para longe em fuga ou ao encontro de algo e não encontramos. Fugimos mas
continuamos a ser perseguidos pelos nossos “fantasmas”, pelos nossos medos. Nas
voltas que damos à volta do nosso pequeno mundo.
Iniciamos viagens por lazer, por
vontade de conhecer os outros, a sua cultura, o seu modo de existir.
Vemos rostos, paisagens, estilos
arquitetónicos. Vamos desvendar mundos que desconhecemos, vamos aprender, vamos
conhecer.
Procuramos encontrar na distância
o que a proximidade não nos dá. O quê? Cada um saberá, ou melhor pensa saber,
pode estar à nossa frente, ao alcance da nossa mão, sem o reconhecermos.
Toda a busca é individual, todo o
caminho é feito sozinho, mesmo quando acompanhados, aquilo que sentimos é
sempre muito pessoal, próprio do que somos no momento.
Lembram-se do que sentiram num
lugar e anos depois quando lá voltam? Há uma desilusão, tudo mudou, pensamos,
não, mudámos nós…
“A viagem da descoberta não
consiste nas novas paisagens, mas em ver com novos olhos” (M. Proust).
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