
Mas
agora, este regresso é das férias ou da pausa voluntária/forçada e independente
das razões, independentemente de ter sido por motivos agradáveis ou não, voltar
à rotina dos dias, ao ligar e desligar do despertador deixa em nós uma espécie
de mágoa, uma saudade que se aloja em nós, por mais que a queiramos espantar,
alegando que “para o ano há mais”. Sim, sim, claro que sim, mas agora, hoje,
quando o despertador me faz saltar da cama e ainda o dia não amanheceu,
apetece-me resmungar contra todas as frases feitas, porque nenhuma me consola.
Dentro
em breve o verão terá partido em seu lugar fica o outono com o seu manto de
nostalgia preparando o caminho para o inverno, bem sei que será uma estação
breve, mas de repente, não contendo a melancolia que me começa a invadir como
se o inverno viesse quase eterno, intenso, imenso. Com um frio que nos magoa,
que nos congela a vontade, que nos derrota o querer, “acho que influência da
série Guerra do tronos na qual me confesso (viciada)”.
Será que vamos vencer os nossos “medos” numa realidade
que tem os seus dias de horror com atentados, catástrofes naturais, com a eminência
de guerras, de políticas ditatoriais. Nas férias não pensamos nisso, não
queremos pensar, mergulhamos nas ondas e esquecemos, suspendemos até há hora do
regresso.
Até
hoje, agora, mas depois há quem nos receba bem, quem nos faça sentir bem-vindos,
quem nos diga que está tudo bem e até que pode melhorar. Acreditamos,
precisamos de acreditar, precisamos de esperança para levar cada manhã até ao
anoitecer com um sorriso nos lábios. Por isso, mesmo que seja só por isso, é
bom regressar.
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