Não sei se de tristeza ou alegria.
O céu em tom de profecia,
Olhava-me do alto e não sorria.
Quando nasci era manhã,
Minha mãe em estranho afã.
Com tanto ainda por fazer
Antes de me fazer nascer.
E eu buscando a luz,
Que ainda hoje me seduz,
Como se uma vida de escuridão
Me toldasse já o coração.
Mas a magoada profecia,
Que me acompanhava noite e dia,
Anos depois se desvaneceu,
Quando o meu sobrinho nasceu.
No dia do seu nascimento, chovia,
Não de tristeza, mas de alegria.
Eram lágrimas minhas e do céu,
Que cada um em amor lhe ofereceu.
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