Que
te escuto suave na voz.
Oceanos
há muito recônditos,
Que
apenas te navegam a sós.
E
as palavras que não dizes,
Talvez
de todas as mais belas,
São
olhos de inquietos petizes,
Abrem-se
em claras janelas.
Sonhos
que germinam sem dormir,
Que
florescem de um viver acordado,
Acontecem
no contínuo deixar-se ir,
Por
rumo certo mas não determinado.
É
então que tudo acontece,
Nesse
renascer límpido de alma.
A
uma velocidade que nos entontece,
Sem
perceber a fluidez dessa calma.
Que
inveja, que sensação de ternura,
Me
desponta em jardins no peito.
Primaveras
de tão simples candura,
De
um sentir e existir tão perfeito.
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