Que bom é ser-se velhote,
Ser recebido até sem dote,
No “lar” de regime fechado.
À noite ressona um vizinho,
O estranho que se torna amigo.
Porque não me deixa sozinho,
E partilha os seus dias comigo.
Quando as nossas memórias,
Começam a contar histórias,
Por vezes de mera confusão,
Que o tempo tornou perdão.
Talvez com alguma verdade,
Ou num misto de invenção.
Mas crescem em saudade,
E nos embalam o coração.
Amores quiçá, sonhados,
Só em nós concretizados.
Quando a ideada felicidade,
Nos preenche a realidade.
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