Afinal, o tempo não passa,
Não aqui, dentro do peito.
Se não corre ao nosso jeito.
E porque o tempo não passa,
No amor que em nós perdura.
Quando na vida nos trespassa,
Aquela doce seta da ternura.
Não há tempo perdido,
Nem tempo para mudar,
O sentimento bem vivido,
Que é o tempo de amar.
Em quanto que no rosto,
Um outro tempo parece falar.
Sem contornos de desgosto,
Mas dos ventos ao soprar.
Se pudesse o tempo rasgar,
Como folha de um calendário.
Para na vida inteira celebrar,
O renascer em cada aniversário.
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