Letra
semeada na página branca,
Linha
lavrada pela mão que a levanta.
Estrada
regada de riso e de mágoa,
Emoção
que segue na corrente da água.
Porque
o poema dói ao não ser perfeito,
Como
um filho que nasce dentro do peito.
Quem
pode entender o que ele diz,
Se
não souber o que o faz sentir-se feliz.
Uma
felicidade que há tanto declama,
Tornada
saudade que sempre o chama,
Pois
não é mais que poesia carente.
Não
é mais que sonho dormente,
Na
cama onde é poema acordado,
À
espera do afago do céu estrelado.