Uma
liberdade que foi conquistada há cerca de 40 anos e que existe realmente…
Há
liberdade para se fazer greve. Mas que não altera nada as razões da sua luta.
Pode-se expressar livremente, até porque já ninguém escuta. Tem-se direito de
voto, escolher quem queremos que nos governe, mas não conseguimos obter o
direito a que nos governe bem. Podemos pedir emprego e obter despedimento,
aumento salarial e obter redução.
“A
liberdade está a passar por aqui”, mas não é a nossa liberdade, não aquela que
levou à revolução dos cravos. É a liberdade de quem pode despedir sem razões
para isso, destituir cada um da sua dignidade, do direito à saúde. A liberdade
de surripiar direitos há muito adquiridos, herança de tantas lutas passadas.
“A
liberdade está a passar por aqui” e a ir-se embora. Fica a história para assinalar
a data, fica o feriado (por enquanto) para descanso do cidadão. Fica a esperança,
que a liberdade não passe, que fique, que pertença a todos e que seja usada
com rigor, com humanidade, em Democracia (cuja característica principal é a
proteção dos direitos humanos fundamentais, como a liberdade de expressão, de
religião, a proteção legal e cultural da sociedade, e o dever de participar no
sistema político que vai proteger os seus direitos e liberdade).