
Então
descomprometo-me, prometo voltar e não volto, prometo escrever e não escrevo,
prometo ficar e desligo-me de ti. Esquecendo-me, como tantos outros, que o meio
de comunicação é virtual, mas que tu existes, que a tua dor existe, a tua mágoa
magoa-te esse coração bem real. Estremeço, sinto-me invadida por um estranho
receio, o de te ter perdido por entre os buracos dessa “rede” cibernética. Perscruto
por entre o silêncio. “Onde estás?” Escrevo numa angústia que me sufoca o
peito. A resposta tarda, não chega. O meu olhar permanece preso ao teu nome,
numa espera infinita de minutos, de horas, de dias. Espero que a luz verde se acenda,
um sinal que indica que estás ali. Por fim essa luz ilumina a escuridão como
uma esperança que me alumia a vida. Uma luz silenciosa que não responde aos
meus apelos mas que permanece fixa e isso basta para me tranquilizar. Na minha
resignação, esse pequeno ponto luminoso, deixa-me feliz simplesmente por saber
que existes.
De
repente torna-te uma estrela a cintilar no meu ecrã, aparentemente tão perto
que, quase, mas apenas quase te posso tocar, sentir. Mas longe, tão longe como
as estrelas do céu e tão bela com todas elas.