Somos portugueses, um povo gentil e franco. Temos alma lusitana, sangue latino e espírito de garça real.
Ilustrando o nosso fado temos no olhar uma alegria triste, de gente feliz com lágrimas, essas que derramamos no mar que nos ladeia a costa.
Saudade podia ser o nosso nome, saudades marinheiras quando o vento sopra nas velas e o coração parte com elas. Saudades trigueiras dessas terras do interior, planícies a perder de vista; penedos da longínqua infância.
Mas quem passa, não passa em silêncio, é habitual o cumprimento num tom comedido. Bom dia, como está?
A resposta tem um lamento na voz:
- Vamos indo;
- Mais ou menos;
- Como Deus quer;
- Já estive melhor;
- Tem dias.
Neste pessimismo reside o seu encanto, misto de esperança e desencanto.
Onde as brumas da memória contam a sua verdadeira história. Fomos além do Bojador, vencemos o Adamastor, não nos derrota qualquer dor!
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Pois é somos mesmo assim, pessimistas. Acho que nos habituámos e já temos medo até de ser felizes. Bj
ResponderEliminarTens mesmo esse "olhar" que não deixa passar nada, deste um bom retrato do nosso pessimismo lusitanos. Beijocas
ResponderEliminarSomos pessimistas? É como tu dizes, faz parte do nosso charme! Bj A.
ResponderEliminarPois é nunca estamos 100% bem e, então resignamo-nos, nem todos podem ser como tu, "tá-se bem" Bj C.
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