Em mais um “passeio” nos transportes públicos tive como companhia no banco da frente um casal de namorados. Ela brasileira, ele português, ambos na casa dos 50. Ela ainda cheia de vitalidade, ele mais tranquilo, estava mais para fado , faltando-lhe já alguma energia para tanto samba. O diálogo fazia-se em diferentes sonoridades:
- Que vamos fazer este final de semana? Perguntava-lhe ela pendurando-se-lhe no pescoço. Ele meio tímido ou embaraçado com tanta espontaneidade, respondia:
- Pois, não sei, parece que vai chover…
- E dai? Eu não sou de açúcar!?
Ele sorri como se tivesse encontrado a sua deixa perfeita.
- Pois não, mas és um doce de mulher.
Desarmou-a com tais palavras, a gargalhada surgiu franca e solta.
- É por isso que eu gosto dos portugueses, são tão sérios, mas dizem coisas lindas. Agora é que eu me derreto todinha!...
Não sei que planos fizeram para o fim-de-semana, mas certamente que o tornaram muito doce e derreteram-se um pelo outro.
Esta mistura de fado e samba traz uma nova harmonia. Quem sabe um fado sambado? Com ou sem açúcar foi uma delicia ler o teu post.it. Beijocas
ResponderEliminar